segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Sim, a vida é

Frágil feito flor
Forte feito amor
Tem alegria e tem dor?
Então contempla toda cor
É bela, viva, esplendor
Enquanto é e quando se for
Eterna luz, perene ardor

sábado, 15 de outubro de 2016

Obrigado, mestre

Em mil pedaços
quebre a sua curiosidade
Pouco a pouco, você junta
Mais importante que a resposta
(lembre-se) é a pergunta

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Conceito

Se há algo que me define
É que nada me resume
Não estou aqui como síntese
Prefiro ser hipótese

sábado, 13 de agosto de 2016

Orgânico

E o que se fala
é que alivia
Quando se toca
é que inebria
E na calada
da noite fria
Me sei tão humano
que até arrepia

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Biscoito da sorte

Me parte ao meio
e me degusta
Que te retribuo com minha
mais bela mensagem

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Amálgama

No calor do momento
eu derreto
Com o calor humano
eu me comprometo
Mas não ponho a mão no fogo
Me ponho é na fogueira
Fundindo-me sempre
Nova forma, nova norma
da eterna essência 

sábado, 25 de junho de 2016

Cadência

Corro das minhas pressas
Fujo das minhas urgências
e elas me alcançam
Porque sempre paro
quando elas me chamam

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Dados não recebidos

Ao toque dos dedos
que pouco tocam
Sobram redes
e faltam conexões

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Cavalo selado

Para, ali se ia
(Pensou-se demais)
Paralisia

quinta-feira, 31 de março de 2016

À mão livre

Sou bagunça
Sou organização 
Prescinde explicação
Basta excursão
Exploração
de território
É tão provisório 
Esse estado anárquico
interno
Em nada inferno
É paraíso, cheio de nuvens
e arcos-íris
Sempre mudando
Sempre girando
Sigo arrumando
para depois desarrumar
Faço gosto em reinventar

quinta-feira, 17 de março de 2016

Onde nasce um sorriso

É porque a gente
extrai beleza
Invisível realeza
Do que é tão pequeno
mas ocupa tanto espaço
É para isso que a gente levanta
E mesmo que esteja feio
Há um fim e há um meio
De meia em meia
Faz-se uma vida inteira

quarta-feira, 9 de março de 2016

Cyberbalaios

Ou cá ou contra
Dizei uma só palavra
e serei (s)alvo

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Pero sin perder la ternura

Ao longo dos anos
Parlam decanos
Bradam profanos
Atrás do palco, dos panos
Avatares viram humanos
Rechaçam desenganos
São carne, osso e planos
Entre suspiros e abanos
Sempre avante, espartanos

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

De médico e louco

Não tenho cura
Sou doído
e dolorido
Sou colorido
Sou colossal
Abissal
Pois lá no fundo
Lá no escuro
é que sou puro
E eu expurgo
Expulso
o que corta o pulso
Pois sou vida
Sou seiva
Sei lá...
...sei sim
Sem fim