sábado, 28 de julho de 2012

À cadente passante

Pede-se
À noite
Cesse o açoite
Na carne
No cerne

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Faça ou pereça

Tesão
É ser jogado
Na arena do leão
Escudo na mão
Sangue no olho
Valente coração

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Intento

Gosto do ilógico
Da pressa paciente
Do calor que dá arrepio
Da saciedade faminta
Do breu iluminado
Do tudo no nada

Se desgosto?
Do oposto
do gosto
Muita pimenta
Muito tempero
Viver
só com esmero

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Retrovisor

Passado pode ser perfeito
Imperfeito
Impreciso
Impossível

Tem passado que é pecado
Tem passado enterrado
Tem passado engraçado
Tem passado desgraçado

Passado é credencial
Passado é essencial
Passado é vital
Passado é passado

Se não foi de corpo e alma
É ontem
Mas passado não é
Se podia ter sido
Ou ainda há de ser
Vale toda fé

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Passando

Defenestre
Pela fresta
Fresca festa
Que volta
Quando solta
Sinta
o vento
Ar!
Livre
do mofo
O novo
De novo
Vivo

Tempero do tempo

Apetite
Persiste
Fome, consome
Que se consume
Em suma
Uma soma
Somos?
Que sejamos
Queiramos queimar-nos
Querer-nos
Ter-nos em termos
Tempos tantos

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Imperativo

Cada soldado
Um escudo
Temor
Amor
ou humor
Seja como for
Mesmo que haja dor
Aja, e de ti
Exija
Exista
Insista
Instinto é vida

sexta-feira, 6 de julho de 2012

High Kais

Nanoprazeres
Megacontecimentos
Oniviventes

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Alcova

Feito texto no branco
Luz no escuro
Se fez
Me faz
Me traz
Salvação perdida
Doçura ardida
Ardente
Potente
Experimente

domingo, 1 de julho de 2012

Protagonizando

Terra fértil
É a dúvida
O breu
Tateio paredes
Das sinapses
E das sinopses
De enredos a rodar

Multi

Errônea fé
Que o que há
é
Preste atenção:
são!

Um inferno?
Um paraíso?
Um purgatório?
Há aos montes
Jorram fontes
De causas, de coisas
De vidas, de dias
De passos, de pessoas

O que é?
O não ser, não haver
Uma verdade
Um dono
Um modo
Unanimidade é mediocridade